sexta-feira, 24 de maio de 2013

57º FÓRUM CEARENSE DE TEATRO - OPINIÃO

Por Charles Robson

"Platéia atenta, abrem-se as cortinas e assim inicia-se mais uma cena do teatro cearense. No dia 29 de abril aconteceu no Vila das Artes o 57º fórum cearense de teatro, onde estiveram presentes alguns nomes do teatro cearense e representantes da Secult-ce e Secultfor.

No pequeno auditório lotado surgem diversas discussões - futuro traçado para o cenário teatral e pendências de editais passados, que jogadas ao vento arrastam-se por um longo tempo de espera de pagamento. 

Não muito raro as dificuldades dos grupos de teatro que ficam à mercê de editais lançados; outros problemas são evidenciadas pelos profissionais da interpretação, entre eles as condições dos teatros da cidade em que parte encontram-se em reforma e outros sucateados. 

Ainda se tratando de dificuldade, foi colocado em pauta as complicações em relação à divulgação e realização de seus trabalhos já que o público reduzido deixa claro a falha, impossibilitando viver-se de bilheteria.

Porém, muitas perguntas me deixam intrigado e me fez escrever sobre o assunto: Será que estamos seguindo no caminho certo para obtermos resultados satisfatórios? Será que o teatro cearense vive um de seus piores momentos sendo necessário fazer campanha para pressionar o pagamento de editais? Qual importância o poder público dá para o nosso seguimento? Essas e uma infinita lista de perguntas pairam na minha cabeça e de muitos artistas dessa cidade.


O Ceará vive hoje o que costumo chamar de “Aculturação Teatral”, em que o poder público e nem mesmo o privado dá a merecida atenção à arte e aos seus profissionais. No nosso estado, teatro é visto como uma das últimas opções quando se trata de entretenimento. A arte milenar tornou-se platéia e não espetáculo, onde artistas no palco vêm apenas seus colegas prestigiando-os da platéia.

É preciso fazer mais, é necessário que se crie a consciência de que o teatro constrói e que precisamos do público para sobrevivermos, pois espetáculo sem platéia não tem aplausos. Arregacemos as mangas e nos unamos ainda mais para tornar do teatro mais que uma “arte de paetês” e sim um meio de sobrevivência de atores, diretores, figurinistas e demais profissionais envolvidos na área. E isso só será possível quando conquistarmos primeiro uns aos outros e em seguida uma platéia capaz de dizer que adora assistir teatro, pois só assim teremos a atenção merecida das autoridades pois ninguém aposta em time que está perdendo."

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