terça-feira, 6 de março de 2012

TEATRO DA PRAIA AMEAÇADO DE FECHAR AS PORTAS

Teatro da Praia: palco alternativo de Teatro de Qualidade!
Muita gente já caiu na gargalhada com os espetáculos do TEATRO DA PRAIA, na Praia de Iracema, mas hoje o dia não é para rir. No último domingo, 4, o ator, diretor e produtor CARRI COSTA, peça chave que alavancou o espaço desde a sua fundação, divulgou nas redes sociais que o lugar passa pela pior crise que já enfrentou até então. Implementado há 19 anos, o galpão aos poucos foi tomando as formas de um teatro tradicional: palco, plateia, cortinas, cabine técnica, camarins. Sem perder o bom humor, atualmente o ator está “pedindo penico” para não deixar o espaço morrer.

Em 1996, houve a inauguração oficial e, entre risos e lágrimas, o teatro construiu sua jornada diante dos desafios que encontrou pela frente. O espaço é privado, alugado pela Cia. Cearense de Molecagem, mas é aberto ao público com programação semanal. “Um teatro na vida da cidade dura o tempo da cena de um sonhador?”, questiona-se o ator em nota. O lugar atualmente não possui apoio municipal ou estadual, nem patrocinadores, e se mantém apenas com o pouco apurado da bilheteria e cachês de apresentações da companhia.

Carri conta que já inscreveu o teatro em editais de manutenção, pediu apoio à Prefeitura e ao Governo, pois acredita que “é economicamente inviável construir política cultural sozinho”, mas não obteve resultados positivos. “As pessoas acham que, porque a gente tem esse espaço há muito tempo, vivemos bem”, argumenta. Carri explica que o crescimento das boates e bares no entorno, em vez de popularizarem a região, estão desviando a atenção e concentrando o público. Além disso, há riscos de o teatro perder o espaço para outros empreendimentos. “A especulação imobiliária vai empurrar a gente daqui”, constata. Outro fator para o afastamento dos espectadores, segundo ele, é a insegurança.

Entre dívidas de água, luz e IPTU, o ator crê que pode mesmo ser o fim de um sonho. Para ele, as gestões municipais e estaduais não reconhecem o espaço como um lugar de fomento à cultura. As despesas mensais giram em torno de R$ 7 mil. “É baratíssimo, mas está difícil. Refletor de teatro tem uma potência gigantesca. De luz, é R$ 2 mil a mensalidade. Uma vez a luz foi cortada e eu tinha espetáculo naquele dia”, lembra.

Desde 2005, a Secretaria da Cultura do Estado (Secult) criou o Sistema Estadual de Teatros (SET), através da Lei 13.604, com o objetivo de fomentar os teatros públicos e privados do Ceará, propondo formas de gerar de recursos e financiamento. Entretanto, segundo Carri Costa, a lei não é aplicada.

Saiba mais

O Teatro São José, na Praia de Iracema, foi comprado pela Prefeitura em julho de 2011. A Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) informou que pretende restaurar o espaço e construir um anexo para um futuro teatro-escola. O projeto está em licitação, mas não há prazo fechado. O Teatro Antonieta Noronha, também na Praia de Iracema e de responsabilidade do município, estava fechado devido a problemas na estrutura há mais de três anos, mas, segundo a Secultfor, até o final de março será reaberto.

Fonte: Reportagem acima publicada no Jornal "O POVO", de 06/03/2012.

Como ajudar

Depois de um desabafo no SITE DO TEATRO DA PRAIA, Carri Costa finaliza, humildemente, implorando:

"Resta-me o pedido de Amigo: Ajude-nos a manter o TEATRO DA PRAIA, acarinhe esse espaço cultural depositando uma quantia QUALQUER na conta da Associação dos Produtores Teatrais do Ceará – a APTECE está apoiando essa nossa campanha.

ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES TEATRAIS DO CEARÁ
CNPJ - 05.461.443./0001-01
CONTA BANCO BRADESCO
AGENCIA - 0643-2 - CONTA CORRENTE – 003209-3

Comprometemo-nos a publicar no site do Teatro da Praia a prestação de contas das ajudas que forem dadas."
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